O QUE É MEU É TEU...

terça-feira, dezembro 26, 2006

NESTE NATAL...

... a Consoada foi em nossa casa! Foi uma alegria passarmos juntos, pela primeira vez, uma noite tão especial… este Natal foi no nosso cantinho, no calor da nossa lareira, na nossa sala inundada de presentes que jorravam debaixo da árvore de Natal, com todos aqueles de quem mais gostamos perto de nós. Foi um Natal cheio de luz, de cor, de sorrisos e de bochechinhas coradas pelo vinho tinto…

Mas a melhor prenda que poderíamos receber guardámos para hoje…

Pois é, depois de anunciado perante a família, achámos que devíamos partilhar com todos os que aqui vêm e nos acarinham com tanta dedicação, a razão pela qual este Natal será recordado por muitos anos como o mais especial de sempre para nós…

Porque neste Natal deixámos de ser dois e passámos a ser três lá em casa…

Porque neste Natal passámos a ser… papás!!!

...
...
...

É verdade… não sabemos muito bem como isto aconteceu mas o certo é que nos vai dar muito que fazer e ocupar grande parte do nosso tempo nos próximos meses… mas vai valer a pena…

É um menino, tem 8 semanas de vida e pelo que mostra até agora está a crescer forte e saudável!

Já tem nome… vai-se chamar Óscar e certamente será terrível como o pai e destravado como a mãe!

É a luz dos nossos olhos desde o momento em que o vimos pela primeira vez…

Aceitam-se candidatos a padrinhos...

Vamos buscá-lo hoje… ;)





Beijos a todos
Miss Perfect & Mr. Teaser

quinta-feira, dezembro 21, 2006

WHAT IS SEXY??

O que é uma música sexy? Possivelmente algo muito diferente de pessoa para pessoa e, mesmo para a mesma pessoa, músicas muito diferentes podem ser sexy na mesma medida. Confuso??? Talvez não…

Por exemplo, o que é uma música sexy para nós, pergunta-nos a nossa cara Sexhaler em jeito de desafio? Depois de exaustiva e extenuante busca de sons que nos massajem a libido, concluímos que são tantas as músicas que habitam o nosso imaginário sensual...

- "Let’s get it on", de Marvin Gaye
- "Pure Pleasure Seeker", de Moloko
- "Ride a White Horse", de Goldfrapp
- "Destiny", de Zero 7…

... e lá pelo meio ainda temos tesão com coisas como o "Cocain", de Eric Clapton.

Nevertheless… a eleita suprasumo da sensualidade foi, nada mais nada menos do que esta preciosidade que aqui partilhamos convosco… É perfeita, é sublime, é tesuda… e só de pensar nela parece que imagino corpos a tocarem, línguas a roçarem, suspiros a arderem de desejo…

Fazemos então o convite a todos os que nos visitam a se virem… sim, a terem um orgasmo copioso ao som da "Glory Box", dos Portishead… sim, porque nós já nos viemos muitas vezes…






I'm so tired of playing,
Playing with this bow and arrow,
Gonna give my heart away,
Leave it to the other girls to play,
For I've been a temptress too long.

Hmm just,
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be,
A woman,
I just wanna be a woman.

From this time, unchained,
We're all looking at a different picture,
Through this new frame of mind,
A thousand flowers could bloom,
Move over, and give us some room.

Yeah,
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be,
A woman,
I just want to be a woman.

So don't you stop, being a man,
Just take a little look from our side when you can,
Sow a little tenderness,
No matter if you cry.

Give me a reason to love you,
Give me a reason to be,
A woman,
It's all I wanna be is all woman.

For this is the beginning of forever and ever,
It's time to move over ,
So I want to be.

I'm so tired of playing,
Playing with this bow and arrow,
Gonna give my heart away,
Leave it to the other girls to play.
For I've been a temptress too long.

Hmm just,
Give me a reason to love you.



E vocês??
- Abssinto
- Ninfa e Machine
- Cookie


Miss Perfect & Mr. Teaser

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Ai é?... Então toma lá...

Com que então menina, fantasias Hollywoodescas é??... Eu já te conto uma também, vais ver :p

Em 1º lugar passo a explicar...


Uma destas manhãs tínhamos acabado de acordar e a menina Miss estava com um sorriso de orelha a orelha e eu (como sabia que não tinha feito nada, fisicamente, que lhe pusesse aquele arzinho inocente na cara, de quem comeu e gostou) questionei:

EU - Oh Dona Miss, então diga-me lá que carinha de felicidade é essa?
MISS - Ai nem sabes... tive um sonho tão estranho, mas tão bom...
EU - Hã?? Hein??? O quê? Conta...
MISS - Hmmm amor, não, espera... deixa-me domir mais um bocadinho para ver se continua o sonho...
EU (já fodido) MISS PERFECT... ACOOORRRDDAA
MISS – Ai amor... deixa, tava a ser tão bom... és mau!!
EU – Sou sou... não vês que sou? Vá lá ver... a andar!!

... a partir daquela altura é que me começou a cheirar mal (e eu juro que a culpa não foi do kilo de castanhas cozidas que comi na noite anterior e naquela altura andavam no meu intestino de um lado para o outro)...

MISS – Hmmm olha... foi estranho... eu tinha uma loja de fatos e morava por cima da loja. Entretanto o Ashton Kutcher ia lá à loja e era muito querido e eu comecei a namorar com ele... ele era bonzinho e tal...
EU – Mauuuuuuuu... mas havia cenas íntimas?
MISS – Cala-te, deixa-me continuar... claro que havia que achas?... íamos lá para cima foder e não sei q...
EU – Iam o quê?? Foder?? E a loja ficava vazia??...
MISS – Eu fechava a loja parvo, só para ir lá para cima... mas depois andava lá outro gajo muito bom, assim com ar de mauzão que me fazia passar da carola, fonix...
EU (orgulhoso) Era eu...
MISS – Não parvo... era o Leonardo di Caprio...
EU (decepcionado) Fdxx
MISS – Estúpido!!
EU (feito estúpido) Claro!! Vê lá, já agora só falta o Clive Owen, o Matthew Mcconaughey e o Josh Hartnett e fazias uma fortuna a vender fatos... sua porca suja!


MISS (já desesperada) - Mas posso contar o sonho??... Um dia mais tarde, depois de o Leonardo tanto insistir (já eram íntimos nesta altura, por isso ela já lhe tratava pelo 1º nome) eu cedi... o gajo conseguiu entrar lá em casa à noite e foi mt estranho... fomos foder para o chão enquanto o outro dormia na cama... e nós mt baixinho a dar uma ganda foda no chão...
EU (já bem acordado e iluminado) COM QUE ENTÃO FOI ISSO QUE ACONTECEU?? Eu a dormir feito bonzinho (Ashton, claro) e entrou pela casa dentro um gabiru qualquer (Leonardo, claro) e pimba na Miss Perfect...
MISS – Cala-te parvo...


Depois disto levantámo-nos, fomos tomar o pequeno almoço e comprar a árvore de Natal... pelo sim pelo não, levei a fisga no bolso não fosse o Leonardo aparecer...

Mas queres saber Miss?? Eu também sonho com Hollywood... ainda esta noite sonhei com a Scarlett Johansson embrulhada à Dita Von Teese, a Sandra Bullock a dar-me beijinhos na boca, a Angelina Jolie a chupar-me o dedo do pé...



...e as mamas da Halle Berry a baterem-me na testa... loucura!!


Toma lá!!

Mr Teaser

domingo, dezembro 10, 2006

HOJE LEMBREI-ME DE TI, CUÍM…

Hoje lembrei-me de ti… Já faz alguns anos que partiste, deixando para trás tantas recordações de infância. Engraçado como o tempo nos faz esquecer tantas coisas só para termos o prazer de recordar outras tantas.

Não me lembro do teu riso nem me lembro do teu tom de voz... não me lembro do teu prato favorito e já esqueci as lengalengas que entoavas e os dizeres que dizias. Mas recordo tantas outras coisas…

Lembro o teu nome de mulher bonita e vem-me à memória uma cantiga de criança. Mas lembro também como gostavas que te chamassem Cuím. Talvez porque te fazia recordar os tempos que passaste em África, ou talvez porque te fazia recordar a voz dos pequenos de quem tomaste conta e trataste como se fossem teus. Eu sempre preferi o teu nome… “A saia da Carolina tem um lagarto pintado… Sim Carolina oh i oh ai, Sim Carolina oh ai meu bem…”

Lembro o brilho verde dos teus olhos e as rugas que faziam a sorrir para mim. Lembro o cheiro das tuas faces rosadas que nunca perderam a cor nem com o pesar da idade nem mesmo com a fatalidade da morte. Cheiravam a coisas que já não se cheiram ou que a muito custo se tornam a encontrar. Uma mistura de Pink Lotion com água de rosas e creme Bénamour.

Lembro a tua força de mulher sadia que nunca te faltou… até ao momento em que desististe de viver e ordenaste ao coração que te parasse no peito. Uma força que te ajudou a enfrentar sozinha mais de metade da tua vida sem nunca vacilar. Mas lembro também as tuas horas de fraqueza e o teu fungar de choro a olhar para a foto do marido que eu nunca conheci e que a morte levou tão cedo para o seu regaço.

Lembro como me ensinaste as pequenas coisas essenciais da vida. Essenciais para ti, velha senhora, que passaste por duas guerras, mas tão insignificantes nos dias de hoje para a maioria dos mortais. Foram essas pequenas coisas que me tornaram naquilo que sou hoje e me ensinaram a pôr uma mesa para jantar, a alinhavar umas calças, a cozer um botão e a rezar o “Pai Nosso que estais no céu”.

Lembro o cheiro que vinha da cozinha quando andavas de volta dos tachos. Lembrar é pouco. Sinto-o… e quase que guardo o sabor das dádivas que saíam das tuas mãos prendadas, da tua paciência infinita e da tua habilidade extremosa. Um gosto que guardo comigo por saber que nunca as minhas papilas gustativas voltarão a provar tamanhos pecados, pois mais ninguém os fará como tu os fazias. E pensar nisto faz-me reflectir em como os tempos que vão já não voltam, em como os cheiros e gostos de hoje nunca serão tão genuínos como os de antigamente.

Lembro como se fosse ontem as histórias contadas à beira de um alguidar cheio de ervilhas por descascar que, com uma paciência que hoje não tenho, me ocupava uma tarde inteira sem esboçar o mais leve sinal de aborrecimento. Porque te ouvia, porque me envolvias nesse tom de voz que já não recordo e com o enredo que criavas com mestria nas tuas narrativas. Curiosa essa tua arte, quando nada mais que o teu nome sabias escrever. No teu tempo, não era importante uma mulher saber muito mais do que isso. Antes sim, como tu dizias, “ter mão leve para descascar batatas”, e criar os irmãos mais pequenos. E tinhas tantos, tu… todos com os mesmos olhos verdes de água. E não tiveste outro remédio senão criá-los e trabalhar desde cedo para os ver crescer.

Lembro de fugir de ti pela casa fora nas manhãs de Inverno, quando me querias beijar as faces. Ainda me causa arrepios pensar como tinhas sempre a ponta do nariz gelada. “Raio da miúda”, dizias. E eu ria-me de te ver correr atrás de mim, enquanto te puxava o nó do avental.

Lembro que nunca te vi sem uma bata vestida. Daquelas sem mangas e com enormes bolsos para guardar o troco do pão, as molas da roupa, as chaves do quintal para ir dar milho aos pombos. E era nesses bolsos que procurava sempre a minha recompensa. Dizias que nunca os tinhas mas eu sabia que os teus bolsos estavam sempre cheios deles. Sabia que, apesar de não seres gulosa, não resistias aos teus caramelos. Aqueles que se colavam aos dentes e que na altura só se compravam quando se ia a Badajoz para se oferecer no Natal. E hoje há caramelos desses por todo o lado... Guardava-los sempre num cantinho do teu quarto, tão religiosamente como o dinheiro debaixo do colchão ou o santinho debaixo do travesseiro. Nesse quarto… que hoje já não é um quarto mas sim uma sala de estar sem o menor vestígio de ti. O quarto em que tantas noites te vi rezar o terço antes de adormecer. O mesmo quarto que te fez prisioneira e te roubou a vontade de viver.

Recordo tanta coisa tua… Apenas esqueci de te dizer o quanto te adorava. E foste embora sem o ouvires dizer. Às vezes pergunto-me porque nunca o disse enquanto tive tempo. E encontro, com alguma dor, a resposta… porque me magoava olhar para a mulher que me criou e ver que todos os dias me esquecia um pouquinho mais. Até ao ponto em que eu era apenas uma miúda que a visitava de vez em quando. E, sem me aperceber, afastei-me de ti quando deveria ter ficado. E tu partiste sem eu me despedir de ti…

A única coisa que tenho comigo agora são as minhas memórias… dos teus olhos verdes e das tuas faces rosadas… ainda tenho o santinho que guardavas debaixo do travesseiro. Mas os caramelos que tanto gostava, não tornei a provar desde que partiste. E já passaram tantos anos…

Sabes porque escrevo estas coisas? Mesmo sabendo que de nada adiantam e que, mesmo que adiantassem, não saberias ler uma única linha?

Escrevo para nunca me esquecer de te lembrar… Escrevo para ter presente que há momentos na vida que não são mais que isso… apenas momentos. Curtos espaços de tempo que passam e não voltam mais. E é por isso que desde que partiste, me esforcei por nunca mais perder uma oportunidade na vida… nunca mais perder o momento certo… para fazer o que é certo… para dizer as coisas certas…

Escrevo para te dizer o que nunca disse…

Que te adoro… e que nunca te esqueci… avó!