O QUE É MEU É TEU...

terça-feira, abril 25, 2006

Vem...

Falta o teu respirar baixinho. O aconchego apertado. A mão que brinca nos meus cabelos na tentativa de me adormecer...

O teu despertar vagaroso. A tua lentidão matinal. O teu olhar sorridente enquanto me estou a arranjar...

O nosso correr para o comboio, o nosso dia de trabalho, o nosso reencontro da noite, o nosso beijo esperado. O nosso regresso a casa, o nosso jantar cuidado, o nosso enroscar no sofá e o nosso amor a caminho do quarto...

É mais um dia que acordo, mais um dia que levanto, mais um dia que arrasto, mais um dia que passo... mais um dia que penso... como as coisas pequenas são grandes quando tu estás... como o silêncio não é amargo quando me fitas com essa luz que te ilumina o olhar...

Não sei estar sem ti... agora compreendi... Sem ti fico perdida, arranjando maneiras de enganar o tempo, de passar o momento, de distrair o pensamento da certeza de que não estás...

Sinto a tua falta... e conto os dias para te ver regressar, te devorar o sorriso e te lamber o olhar... Conto os dias para acordar com o teu beijar...

Vem, fazes-me falta... vem respirar baixinho, aconchegar-me num aperto e brincar com os meus cabelos... vem tentar me adormecer que sem ti não sei acordar...

segunda-feira, abril 17, 2006

O Sofá lá de casa...


...é assim:

- Verde escuro (ok, a foto é a preto e branco não conseguem ver)...

- Tem um padrão giro com efeitos afanados...

- Fofinho...

- Confortável...

- Tem umas manchas de proveniência duvidosa...

- Aaaahhhh e tem a minha Miss Perfect assim de rabinho virado para mim que faz com que eu nem sequer me lembre que lá em casa está...




...um sofá :p

quarta-feira, abril 05, 2006

DIREITO DE ANTENA... ou a queda de um mito urbano!

No outro dia, sentados à mesa para jantar em casa dos meus pais, tive a revelação da vida. A confirmação de que, se a tendência se mantiver, a minha saúde anal continuará intacta e protegida por largos anos.

Mas como estava a dizer... calhou em conversa a minha mãe comentar que a D. Não-Sei-Das-Quantas, aquela que é filha do Não-Sei-Quê e casada com o Não-Sei-Que-Mais (detesto quando as mães embirram que uma pessoa tem de conhecer à força toda a gente!), sofria de hemorróidas e andava no médico em tratamentos.

[Por aqui já podem ver que, na minha casa, não sei bem porquê, quando uma pessoa está à mesa a comer, as conversas vão sempre dar ao mesmo: ou em merda ou em foda!]

Mas continuando... Pelo que percebi, a minha mãe ficou a saber da história pelo próprio marido da senhora (outro cusco da pior espécie e que, simpaticamente, lá deixou escapar que no dia anterior a mulher tinha ido a Santa Maria - e passo a citar - “arranjar o cú!”). Um gajo à maneira, portanto.

Até aqui tudo bem... sim, porque com as hemorróidas dos outros posso eu bem! Ou como eu costumo dizer “cada um sabe do seu cú e Deus sabe do de todos!”.

O cerne da questão (e aqui é que ela bate toda e me faz orgulhar da minha glória fodente), foi aquilo que “o cusco” contou à minha mãe depois de a mulher dele regressar do médico (e, segundo adiantou, de “cú arranjado”!).

Ao que parece, o problema hemorróidal da senhora afinal tinha solução uma simples e bem ali à mão (ou, neste caso, ali ao cú de semear). Mas, eu transcrevo o suposto diálogo para melhor compreensão... (os comentários entre parêntesis são da minha auto-recriação, claro)

D. Não-Sei-Das-Quantas: ai Sr. Dr. tenho andado mesmo aflita! (tens de “arranjar o cú”, portanto!)
Médico: hmmm.... estou a ver (pois, imagino que estivesses, coitado! Médico sofre!) Diga-me uma coisa, a Sra. e o seu marido costumam ter sexo anal?? (mái nada, toma lá e vai buscar!)
D. Não-Sei-Das-Quantas: desculpe, não percebi (pois, não deves ter percebido, não!)
Médico: sexo anal! Se o seu marido lhe costuma ir ao cú? (eh eh é mesmo assim, chamar os bois pelos nomes!)
D. Não-Sei-Das-Quantas: ai, Sr. Dr., claro que não! (ohhh, não deixa Mantorra jogá??)
Médico: pois... mas olhe, se ele tivesse ido a senhora já não precisava de ter cá vindo! (ora porra, já podia ter dito!!)

Agora façam freeze: imaginem uma família sentada à mesa. O meu pai a rir-se para dentro, como é costume, a ouvir a minha mãe a contar esta história. A minha mãe, a rir à gargalhada (com o seu vozeirão típico) que até as lágrimas lhe escorrem pela cara abaixo. O Mr. A olhar para mim de olhos babados, como quem diz “Amor, agora já não tens desculpa!!”. E eu... bem, toda eu estou iluminada, o meu rosto transparece alegria, alívio e satisfação, com vontade de gritar:

SIM!! EU LEVO NO CÚ! EU NÃO TENHO NEM TEREI HEMORRÓIDAS!!!

E assim, com uma simples conversa à mesa, lá se conseguiu desvanecer mais um mito urbano. Afinal, LEVAR NA ANILHA É SAUDÁVEL! Sim, tal como o deitar cedo e cedo erguer, LEVAR NO CÚ DÁ SAÚDE E FAZ CRESCER! (o buraco da peida claro, mas isso agora não interessa nada!). O que importa aqui reter é que, o que vai para dentro não volta a vir para fora e isso... isso meus caros e caras, faz toda a diferença!!!

E, em relação a isto, queria desde já manifestar o meu desagrado por esta máxima de saúde não ser divulgada aberta e publicamente por parte das entidades competentes, de modo a que todos os comuns mortais possam usufruir da sabedoria desta informação! Ou pensam que só quem é rico e influente é que leva no cú, hein? Ou só quem tem acesso à net é que tem direito a saber destas coisas?? Ou que só o Creme de Budwig é que faz bem ao organismo??? (upss não era isto!)

A todos, meus amigos... Esta informação devia ser passada a todas as pessoas! Isso é que era uma coisa como deve ser! Isso é que era serviço público!

Mas, à falta de melhor, aproveito este nosso humilde espaço para dispensar o meu direito de antena em prol da saúde da humanidade (ou pelo, menos, daquela meia-dúzia que por aqui passar!). Por isso, façam a vossa parte (tu também menino!): divulguem e passem a mensagem (ou como quem diz, “foda-se mais um forward!”):

HEMORRÓDICOS ACTUAIS OU POTENCIAIS: SE LEVAREM NO CÚ NÃO VAI DOER MAIS!!


Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico! (sim, porque se você não souber porquê, ele sabe!)